Botafogo: “Quem te Viu, Quem te Vê!”
Em 08 de dezembro de 1942, quando da fusão entre o vitorioso Club de Regatas Botafogo e o tetracampeão carioca (32/33/34/35) Botafogo Football Club, acredito que seus diretores não imaginavam que o início do século XXI registraria “um mergulho profundo, sem oxigênio e aparentemente sem volta, do Glorioso Botafogo de Futebol e Regatas.”
Neste mesmo ano da fusão, o Botafogo deu início ao tricampeonato carioca, ainda no futebol amador (42/43/44), tendo em Renê Mendonça, um habilidoso ponteiro esquerdo, um dos seus principais jogadores desta conquista. Nesta mesma década, surgiria o fenômeno Heleno de Freitas, artilheiro do campeonato carioca de 1942, com 28 gols. Marca nunca igualada por nenhum outro jogador do Botafogo, até os dias atuais.
Continuando sua trajetória de conquistas, em 1948 o Botafogo conquistou o campeonato carioca ao vencer na final o Vasco da Gama pelo placar de 4×0. “É seis a dois no pó de arroz”, foi uma das manchetes dos jornais quando da vitória sobre o Fluminense em 1957, e consequentemente a conquista do certame daquele ano.
Dois bicampeonatos cariocas, 61/62 e 67/68, além da Taça de Prata em 1969 confirmariam a potência Botafogo, visto que o Glorioso havia se tornado o clube, o qual mais jogadores havia cedido para o selecionado brasileiro nas três conquistas de Copas do Mundo (58/62/70).
Depois de dois vices brasileiros, 71/72, o Botafogo entraria em um jejum de títulos que marcou toda a minha juventude. Com 12 anos de idade (1976), perguntei ao meu saudoso pai para qual time ele torcia. Imediatamente me tornei Botafoguense, e desde de 1977 a 1988 o Botafogo não ganhou nenhum título carioca, sequer um turno do campeonato. Para não dizer que não ganhou nada, ele foi campeão do torneio início do carioca de 1977.
A década de 90 me deu uma “falsa” esperança. Tanto é verdade que meu filho, nascido em março de 1994, recebeu o nome de Túlio. Eu acreditava que aquele jogador de Goiás, vindo do Futebol Suiço no final de 1993, poderia dar muitas alegrias ao torcedor Botafoguense, o que aconteceu…
Bicampeão carioca 89/90, vice brasileiro em 1992, campeão da Conmebol em 1993, campeão brasileiro em 1995, campeão da Taça cidade do Rio de Janeiro em 1996, campeão carioca 1997, campeão do Rio-São Paulo em 1998, vice campeão da Copa do Brasil em 1999, mas, como mencionei o início deste texto, a partir do ano 2000, acredito que aconteceu “um mergulho profundo, sem oxigênio e aparente sem volta, do Glorioso Botafogo de Futebol e Regatas.”
Texto: Nei Medina.
Abraço a todos e até a próxima se Deus quiser!
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