A evolução da destinação e tratamento do lixo em S.J. Nepomuceno
Por Nilson Magno Baptista
Quando criança conheci o lixão que existia na época (anos 1960). Era onde as carroças da prefeitura lançavam os hoje denominados resíduos sólidos recolhidos na cidade. O cenário era tão impressionante que nunca mais saiu da minha memória. O local ficava nas proximidades do antigo Matadouro Municipal e, no meio do lixo, se misturavam porcos, cães, galinhas e até crianças brincando.
Anos mais tarde, quando trabalhava no jornal “Voz de S. João”, o depósito de lixo ficava localizado na chamada “estrada dos Núcleos”, nas proximidades do atual bairro Novo Horizonte. Naquela época fui procurado por um proprietário rural da região, que me levou ao local para mostrar vários problemas como lixo espalhado pela estrada, muita fumaça,carcaças de animais, muitos insetos, urubus, entre outras coisas. Fiz até uma reportagem sobre o assunto , solicitando providências à administração pública.
Com o avanço das legislações referentes à questão ambiental, aquele tipo de “lixão” passou a não ser mais admitido e, por isso, no início da década 1990, o município, para se adaptar às leis ambientais então vigentes, precisou transferir seus resíduos sólidos (lixo) para um Aterro Controlado, que ficava da região conhecida com Sítio São Bento, onde permaneceu funcionando até 2016. Em 2017, atendendo a novas exigências legais, o “Aterro Controlado” passou a não ser mais permitido, tendo assim a atual administração tomado a decisão de terceirizar o serviço, construindo uma Estação de Transbordo, em local próximo ao trevo São João-Rio Novo, para onde hoje todo o lixo é transportado e, dali, enviado para o aterro sanitário de Leopoldina, totalmente regularizado pelos órgãos ambientais.
O antigo aterro controlado hoje é utilizado pela prefeitura como depósito de materiais inertes (entulhos de obras), restos de madeira e galhos resultantes de podas de árvores, além de outros materiais não considerados como lixo propriamente dito. É interessante ressaltar que o lixo hospitalar, antes lançado em uma vala separada do aterro controlado, hoje é recolhido por empresa terceirizada e tratado em outro município, assim como as aparas de tecidos de nossas confecções, que não podem ser recolhidas como lixo comum, também de acordo com a legislação atual.
AS FOTOS ACIMA (ATUALIZADAS) SÃO DO ATERRO DE REJEITOS: RESTOS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO E CAPINA, QUE VEIO SUBSTITUIR O ANTIGO ATERRO CONTROLADO DE LIXO.
REGISTRAMOS AQUI NOSSO AGRADECIMENTO AO SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO URBANO, ENGENHEIRO MILTON SALGADO FILHO,PELO FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES QUE NOS POSSIBILITARAM A CONCRETIZAÇÃO DESTA MATÉRIA.
(FOTO DE CAPA: CENTRO DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE LEOPOLDINA,PARA ONDE É TRANSPORTADO O LIXO COLETADO EM SÃO JOÃO NEPOMUCENO – IMAGEM EXTRAÍDA DO SITE: www.uniaoreciclaveis.com.br )
Pena Nilson é quando temos que jogar caixas tetra pak, plásticos, pet, papelão, latas e outros recicláveis dentro de um saco de lixo como se lixo fosse, com um agravante temos vários catadores de recicláveis, uma associação sem apoio, que poderia gerar empregos e fazer como Descoberto faz.